Foto: Bia Shimu

              Conto nos dedos os times que têm alta performance nas organizações. O termo que ganhou destaque no mundo corporativo foi se inspirar nos esportes coletivos de competição e nos espetáculos artísticos. Performar com exímio primor, quase sem erros, precisa de muito treino, suor, lágrimas, diálogo e resiliência.

               Traduzindo para o mundo das empresas. Para que um time comece a performar, isto é, entregar resultados de forma assertiva, precisa de muito treino, repetição, abertura para expressar os incômodos, capacidade de formatar novos acordos, novas formas de trabalhar e não desistir, porque o tempo é muito importante neste processo.

               A parte que ninguém conta é que para chegar neste lugar altíssimo, na vida de atletas, artistas e times nas organizações é que vai doer. Vai doer emocionalmente e tantas vezes fisicamente. Vai doer porque vamos perder, porque nossos desejos não foram atendidos, porque muitas vezes não vamos agradar e vamos deixar de pertencer a tantos espaços que nos são familiares.

               Chegar em lugares que poucos chegam, que é o lugar de alta performance, não está ali apenas a serviço do mundo, mas está sim para narrar jornadas que compõem a vida de cada um de nós. Na perspectiva da jornada do herói e da heroína, para chegar ao ‘sucesso’, o primeiro lugar no podium da vida de cada um, é preciso percorrer muitos vales, lutar com dragões, fazer novos acordos, sair do lugar conhecido para aí sim reconhecer a si mesmo de forma individual e coletiva.

               Ter alta performance, na vida e nas organizações vai exigir diálogo, entrega, aceitação e muita resiliência especialmente se quisermos caminhar juntos, como um time. Como indivíduos e como grupo as jornadas e os desafios vão nos ajudar a reconhecer nossos limites, a definir o equilíbrio entre as trocas e não soltar a mão quando a vida aperta ou o resultado não chega. Será que conseguimos? 😉

Paula Foroni tem pesquisado e reaprendido todos os dias com líderes, times e organizações. Professora, facilitadora e contadora de histórias, adora criar e desenvolver atividades que desafiem líderes e times. Doutora em Gestão de Pessoas pela Universidade de São Paulo tem feito muitas perguntas para, quem sabe, descobrir novos caminhos. 😊