FOTO: Evander Portilho

Num mundo distante pré-pandemia, empresas investiam em eventos corporativos com diversos objetivos: desenvolvimento de líderes, engajamento de times, treinamentos diversos, confraternizações, enfim… Era um tempo em que encontros presenciais eram muito bem vindos, obrigado.

Muitos meses de home office depois, o que podemos fazer para nossa vida não se resumir a telas sem arriscar nossa segurança?

Da mesma forma como a adoção abrupta do trabalho remoto exigiu adaptação constante das empresas, os momentos de relaxamento do isolamento social estão nos propondo uma nova transição. Não se trata do simples  ‘voltar ao que era antes’ mas de criar alternativas possíveis.

Vejo que este debate anda falho, polarizado, carente de ideias novas e de espaço para todos se manifestem sem julgamentos prévios.

Então, proponho um brainstorming sobre um novo caminho para os eventos: utilização de espaços abertos, grupos pequenos, distanciamento social, protocolos de higiene e saúde, participação remota do grupo de risco, participação opcional, alimentação individual…

Será necessário uma testagem antecipada dos participantes? Ou apenas uma anamnese detalhada? Qual a melhor máscara para a ocasião? Às vezes é até difícil saber quais perguntas fazer.

Não tenho as respostas para estes questionamentos. Talvez as empresas precisem de assessoria especializada para tomarem suas decisões. Precisarão também de muito diálogo para que todos se sintam confortáveis.

Eu, particularmente, sinto muita falta de uma discussão serena e do espaço para o erro tão vital para o aprendizado. Gostaria de estar em mais eventos presenciais e de propor mais encontros corporativos ou não. Será que estamos abertos a isso? Gosto de quem propõe e de quem faz, num tempo em que é muito mais fácil criticar e cancelar…

Enfim, reflexão, inovação, criatividade e responsabilidade nos ajudarão a trazer de volta um pouco do calor humano destas ocasiões especiais e podem nos livrar das dicotomias entre escritório x home office, zoom x reuniões presenciais, aglomeração x isolamento absoluto, nos dando um pouco de luz durante a crise.

Fabiana Fevorini é doutora em RH, professora e quer transformar a gestão de pessoas no país, melhorando o bem-estar dos colaboradores e os resultados organizacionais. Acredita que isso pode ser feito através do desenvolvimento humano e boa comunicação.